Raquel: “editorial de O Globo reconhece lições dadas por Caruaru no combate ao crime”

Para a pré-candidata ao Governo do Estado, Raquel Lyra (PSDB), o editorial publicado nesta segunda-feira (02) pelo jornal O Globo é mais um reconhecimento ao trabalho sério que foi feito por suas duas gestões em Caruaru na área de segurança pública.

Sob o título “As lições de Pelotas e Caruaru para o Brasil combater o crime”, o editorial destaca que “são um exemplo para o País a experiência com segurança pública das duas cidades distantes e distintas”.

Segundo o jornal de circulação nacional, “em comum, as duas cidades investiram em coleta, cruzamento e análise de diferentes dados, com o objetivo de identificar os lugares onde mais acontecem crimes e o perfil das vítimas e agressores. Com base nessas informações, foram planejadas ações preventivas em diferentes frentes”. Em outro trecho, o jornal afirma: “Pelotas e Caruaru mostram que não basta desenhar um bom plano. É igualmente importante cuidar da execução”.

O editorial de O Globo é publicado alguns dias após outro veículo nacional, o Valor Econômico, também dar destaque à política de segurança pública implementada por Raquel Lyra em Caruaru.

Em um período em que a criminalidade em Pernambuco vem atingindo índices de guerra civil – foram quase 1 mil assassinatos nos três primeiros meses do ano segundo a Secretária de Defesa Social (SDS) -, Caruaru aparece nas notícias como o município que conseguiu reduzir em 50% o número de homicídios. O resultado é fruto do programa Juntos pela Segurança, que promove ações de prevenção à violência e criminalidade, atuando de maneira integrada com os órgãos de Justiça Criminal, dos poderes legislativo e executivo municipal e da sociedade civil.

“É esse trabalho de resultados que vamos implementar em Pernambuco, do litoral ao Sertão. Não podemos aceitar que o nosso Estado volte a figurar entre os mais violentos do País. Vamos construir um Pernambuco de paz”, afirma Raquel Lyra.

Leia editorial na íntegra
As lições de Pelotas e Caruaru para o Brasil combater o crime
São um exemplo para o país as experiências com segurança pública de duas cidades distantes e distintas: Pelotas, no Rio Grande do Sul, perto da fronteira com o Uruguai, e Caruaru, no Agreste pernambucano. Ambas registraram drástica redução na taxa de homicídios. Na cidade gaúcha, a queda de 2017 a 2021 foi de 34,8 para nove por 100 mil habitantes. Em Caruaru, de 71,5 para 35 no mesmo período. Como noticiou o jornal Valor Econômico, os resultados provam que políticas públicas bem planejadas e executadas costumam dar resultados positivos para a população.

Em comum, as duas cidades investiram em coleta, cruzamento e análise de diferentes dados, com o objetivo de identificar os lugares onde mais acontecem crimes e o perfil de vítimas e agressores. Com base nessas informações, foram planejadas ações preventivas em diferentes frentes.

No campo do urbanismo, regiões escuras ganharam iluminação pública, árvores foram podadas com mais frequência e lugares ermos viraram espaços de lazer com equipamentos para prática de esporte.

Na área social, o trabalho conjunto de escolas, unidades básicas de saúde e centros de atendimento psicossocial identificou jovens e crianças em situação vulnerável (as principais vítimas e autores de crimes têm entre 16 e 29 anos). O passo seguinte foi reforçar o serviço de acompanhamento dessas famílias.

Com dados, o trabalho de combate ao crime feito pela polícia também ganhou eficiência. Em Caruaru, numa tentativa de evitar a reincidência, parte dos egressos do sistema penitenciário encontrou emprego na Prefeitura.

Por que mais cidades já não seguiram essa receita? Pelotas e Caruaru mostram que não basta desenhar um bom plano. É igualmente importante cuidar da execução. Foram criadas secretarias municipais de segurança e fóruns reunindo os comandos das polícias, representantes do Judiciário e lideranças locais. Comitês se encontram periodicamente e adotam uma rotina de análise e avaliação. Há três níveis de governança. Um reúne os técnicos e servidores; outro envolve secretários de diferentes pastas do governo; no último o prefeito supervisiona o andamento do trabalho. Na definição da estratégia e na execução tem sido crucial o apoio das organizações Comunitas, Open Society Foundation, Instituto Igarapé e Instituto Cidade Segura.

Tanto Pelotas como Caruaru têm menos de 400 mil habitantes. É possível que os 63 municípios com população acima desse patamar — cidades maiores ou capitais onde facções de traficantes e milicianos ocupem vastos territórios — precisem de estratégias diferentes ou mais amplas. O improvável é que melhorem o combate ao crime e aumentem a sensação de segurança sem investir mais na análise meticulosa de uma ampla gama de dados e no trabalho incansável de prevenção.

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