Se fatores urbanos influenciaram o enfrentamento da Covid-19, quais deles minimizaram o seu impacto e reduziram os seus danos? Como a pandemia afeta a visão de futuro e a vida das cidades? Esses e outros temas serão debatidos por especialistas de diversas áreas, do Brasil e do exterior, no I Seminário Conexão Cidades em Transição, uma realização da Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES) a partir do investimento do Projeto CITinova sob a ótica do desenvolvimento da capital pernambucana, que avança em consonância com o Plano Recife 500 Anos.
O evento, híbrido, também será transmitido pelo Youtube nos dias 9, 10 e 11 de março, e antecede as comemorações dos 485 anos da capital pernambucana, no dia 12 de março.
Experiências de cidades como Londres, na Inglaterra, e Medellín, na Colômbia, e países como a Holanda, se somam a exemplos brasileiros que serão discutidos no encontro que contará com painéis temáticos que abordam temas como infraestrutura, gestão e pedagogia urbana, além de estudos de caso e lançamento de livro.
O presidente da ARIES, Marcos Baptista, explica que passados quase dois anos, torna-se um dever social urgente refletir sobre os impactos da pandemia nas cidades para poder projetar uma visão de futuro, que almeje a (re)construção de ambientes menos vulneráveis. Baptista ainda analisa que com o advento da vacinação, as cidades estão, aos poucos, retornando ao que muitos chamam de “novo normal”. Porém, “há uma necessidade de nos debruçarmos sobre as estratégias adotadas no combate à pandemia do COVID-19, buscando identificar caminhos que apontem para uma estruturação urbana capaz de responder a um futuro cada vez mais susceptível a transformações”, acrescenta.
*Programação –* O primeiro dia do seminário, 09 de março, será aberto com o debate “Cidade, meio ambiente e saúde”, tendo como debatedores o presidente da ARIES, Marcos Baptista, o membro do Conselho de Administração da ARIES, Roberto Muniz, e o historiador, escritor e curador alemão holandês em arquitetura e design de urbanismo, Ole Bouman.
No segundo dia, 10 de março, a partir das 09h, acontece o Painel Infraestrutura e Gestão Urbana com abertura feita por Patrícia Pinho, pesquisadora sênior do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e autora principal do sexto relatório de avaliação do IPCC, do Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas – Grupo de Trabalho II sobre impactos, vulnerabilidades e adaptação. Em seguida, o arquiteto Caio Esteves, autor do livro Cidade Antifrágil, apresenta o assunto. A programação continua com dois estudos de caso. Paul Meurs, arquiteto e pesquisador holandês apresenta “Holanda, um País Cidade”e Elad Eisenstein, urbanista e membro do the Mayor of London’s Infrastructure Advisory Panel o segundo estudo de caso “Londres: o papel da infraestrutura na cidade pós-pandêmica”. Concluindo a manhã, Zeca Brandão, arquiteto e urbanista e professor será mediador do debate sobre o livro Cidade Antifrágil.
No período da tarde, o seminário terá início com painel Territórios Vulneráveis, com abertura de Isa Freire e palestra sobre projetos sociais e urbanos de Jorge Melguizo, ex-secretário de cultura cidadã e desenvolvimento social da prefeitura de Medellín. Dois estudos de caso também estão na programação da tarde do dia 10. Edu Lyra, fundador e CEO do Instituto Gerando Falcões apresenta São José do Rio Preto, Projeto Favela 3D e o arquiteto e urbanista Carlos Mário Rodriguez, Medellín: projetos urbanos integrados.
O secretário de Segurança Cidadã, Murilo Cavalcanti vai debater o tema e em seguida, lançar seu livro Conexão Recife Medellín Compaz, obra que traz o exemplo dos Centros Comunitários da Paz do Recife, os Compaz, como eixo prático de política pública, com participação de profissionais ligados ao tema, como arquitetos, urbanistas, políticos e acadêmicos, além do processo de aprendizado do autor, adquirido durante as mais de 35 idas a Medellín, na Colômbia.
O último dia de encontro virtual contará com o terceiro painel com o tema “Pedagogia urbana”, com abertura de Mariana Pontes, diretora de Projetos da ARIES, de Claudia Vidigal, Representante da Fundação Bernard van Leer no Brasil e Clarissa Duarte, Professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNICAP, mediando os debates após a apresentação de dois estudos de caso. O primeiro “Ile de Nantes: cultura e apropriação do projeto urbano pelos cidadãos – o segredo do sucesso”, comandado por Lenaic Le Bars e o segundo “Cidades brasileiras: como educar para sustentabilidade?”, ministrado por Zuleica Gulard.
Encerrando o evento, Silvio Meira apresenta o painel “Depois da pandemia, cidades figitais?”. O Painel terá como anfitrião Francisco Cunha, Presidente do Conselho de Administração da ARIES e como debatedor Cláudio Marinho, arquiteto e um dos fundadores do Porto Digital.
Inscrições já podem ser feitas no link do perfil @ariesrecife no Instagram.