Após uma longa e propositiva audiência pública virtual que durou mais de quatro horas nesta quinta-feira, a Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Assembleia Legislativa de Pernambuco, presidida pelo deputado Wanderson Florêncio (PSC), recebeu proposta de mudança do projeto do trecho norte do Arco Metropolitano. A proposta apresentada pelo Fórum Socioambiental de Aldeia e defendida pelos deputados participantes e sociedade civil, tem como objetivo ligar Goiana ao Cabo de Santo Agostinho sem que passe por áreas de proteção ambiental.
A obra, que vem sendo discutida desde o ano 2000, é projetada como fundamental para o desenvolvimento econômico do estado, além de desafogar o trânsito da Região Metropolitana do Recife (RMR). O edital lançado em 2021, porém, é semelhante ao que foi embargado em 2014 pelo fato do traçado proposto passar por dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe, onde existem Mata Atlântica e mananciais de rios que abastecem municípios da RMR.
“Sabemos da importância do Arco Metropolitano para o Estado e somos a favor da construção, mas não podemos permitir que a fauna, a flora e a vida de quem vive na região seja impactada de forma tão brusca. Existe a opção de um traçado mais extenso, que não passa pela área que é protegida e queremos que ele seja contemplado, opção que não existe no atual edital. Queremos saber se a proposta do Fórum Socioambiental de Aldeia será aceita, e se não, porque não?”, afirmou Wanderson Florêncio.
O traçado do Arco Metropolitano passaria, através da ligação entre a BR-101 e a BR-408, por Itapissuma, Araçoiaba, Paudalho, São Lourenço da Mata, Moreno e chegando ao trecho sul no Cabo de Santo Agostinho.
Participaram da audiência pública os deputados estaduais Wanderson Florêncio (PSC) presidente da Comissão, Laura Gomes (PSB), Tony Gel (MDB), Teresa Leitão (PT), Professor Paulo Dutra (PSB), Guilherme Uchoa Júnior (PSC), João Paulo Lima (PT), Henrique Queiroz Filho (PL), a codeputada Carol Vergolino (PSOL), o deputado federal Túlio Gadelha (PDT), a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos Fernandha Batista, o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do estado, José Bertotti, presidente da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper) Roberto de Abreu e Lima, diretor-presidente da Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH) Djalma Paes, ambientalistas, professores universitários, além de representantes do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado, prefeitos de municípios da Região Metropolitana do Recife e Mata Norte, Arquidiocese de Olinda e Recife e entidades da sociedade civil.