Reunião irá acontecer na manhã desta segunda-feira em meio a pedido para anúncio de novas marcas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai realizar na manhã desta segunda-feira (10) uma reunião ministerial para marcar os primeiros cem dias de seu terceiro governo à frente do país. O petista quer que a data sirva como pontapé para uma nova fase da gestão com o anúncio de novos programas.
Até agora, a prioridade do governo foi o relançamento de programas antigos, implantados em gestões petistas anteriores, como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Mais Médicos, sem uma nova marca. Lula tem cobrado os ministérios por entregas e criatividade na apresentação de projetos.
De acordo um ministro ouvido pelo Globo, a reunião desta segunda-feira não terá um tom solene de celebração, mas de balanço do que foi feito até agora e os próximos passos da gestão.
Mas apesar de querer evitar dar grande destaque à data, Lula fez postagens nas redes sociais sobre o tema e publicou um artigo no jornal Correio Braziliense no qual tem batido na tecla de que a primeira etapa do seu mandato serviu como “reconstrução” do que havia sido destruído pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Aliados também têm destacado em postagens o discurso que Lula fará no início da reunião com os ministros, às 10h, que terá transmissão pelos canais oficiais. O encontro continuará depois a portas fechadas. Não estão previstas falas de todos ministros.
No artigo publicado ontem, Lula diz que 100 dias é um período curto se comparado comparado aos 1.460 dias de mandato que terá. “ Ainda assim, 100 dias foram suficientes para revertermos um cenário estarrecedor, identificado pelos quase mil especialistas dos nossos grupos de transição. Os problemas herdados eram tantos e em tantas frentes que o termo ‘reconstrução’ foi incorporado ao slogan do governo federal, precedido de outra palavra-chave: ‘união’”.
Como já havia feito no primeiro discurso após vencer a eleição do ano passado, Lula reafirmou que não existem “dois Brasis”, para enfatizar que não faz distinção entre os seus eleitores e os de Jair Bolsonaro (PL). “Nestes primeiros 100 dias, priorizamos o que era inadiável. Começando pelo necessário, para fazer o possível e alcançar sonhos que hoje podem parecer impossíveis”, afirma.
Os 100 primeiros dias do terceiro mandato de Lula também foram marcados pelas invasões das sedes dos três Poderes, no dia 8 de janeiro, por apoiadores de Bolsonaro.